Salvador Dali, Persistence of Time
Culpem Bolonha por pedir mais em menos tempo, culpem os professores por não considerarem que há mais disciplinas além das deles, culpem os alunos por não saberem organizar o tempo, culpem as séries e os filmes por nos destrairem e nos roubarem tempo, culpem os amigos por nos desafiarem e dizerem "a vida não é só estudar", culpem os namorados e namoradas que têm ciúmes do tempo de estudo, culpem as famílias que dizem "estudar é durante a semana, o fim-de-semana é tempo para a família", culpem os computadores que quanto mais depressa escrevemos e queremos trabalhar mais lentos ficam, culpem o sistema...
A verdade é que mesmo que tudo isto mudasse nos ia faltar tempo para fazermos tudo o que queremos como deve de ser, nem que para isso a Terra tivesse de girar mais depressa.
Portanto, sem solução à vista pode-se apenas proceder a um pouco de damage control e para isso temos de ter o descernimento de organizar e dividir o nosso tempo o melhor que podemos.
Isto tudo para vos lembrar a vocês, e a mim mesma, que em tempo de testes e exames, além de meditar para nos concentrarmos, rezar para que venha a vontade de estudar, temos sobre tudo que apostar com convicção nas porções de tempo que pode ser "perdido" e nas que têm de dar rendimento à aprendizagem.
p.s. o tempo vai sempre faltar, até quando decidimos não fazer nada, precisamos de tempo para não fazer nada...
Concordo mesmo com isto :).
ResponderEliminarBeijinho Sónia*
:) PQ SERÁ QUE TODOS NOS REVEMOS NESTE POST :P ACREDITO QUE MUITAS VEZES TAMBÉM NÃO SOMOS ORGANIZADOS E QUE UMA PERCENTAGEM DESTA FALTA DE TEMPO SE DEVE A CULPA NOSSA, MAS TAMBEM ACHO QUE O TEMPO PARA NÃO FAZER NADA É DOS MAIS IMPORTANTES NA VIDA DO ESTUDANTE...
ResponderEliminarE AQUI FICA UM POEMA....
Tempo Tempo — definição da angústia.
Pudesse ao menos eu agrilhoar-te
Ao coração pulsátil dum poema!
Era o devir eterno em harmonia.
Mas foges das vogais, como a frescura
Da tinta com que escrevo.
Fica apenas a tua negra sombra:
— O passado,
Amargura maior, fotografada.
Tempo...
E não haver nada,
Ninguém,
Uma alma penada
Que estrangule a ampulheta duma vez!
Que realize o crime e a perfeição
De cortar aquele fio movediço
De areia
Que nenhum tecelão
É capaz de tecer na sua teia!
Miguel Torga, in 'Cântico do Homem
PS: ADORO O RELOGIO
Muito obrigada pelo enriquecimento cultural do blog Joana.
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